“Só tem medo de viajar sozinho quem nunca viveu essa experiência.”- Viajando sozinha para Nova York
O diário de viagem de hoje é com a leitora Gabi que teve apenas uma semana para organizar para a viagem dos sonhos! Quer aparecer aqui no blog também? Envie um email para: nyandabout@gmail.com.
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“Oi Martha, tudo bem?
Me chamo Gabi Carvalho, carioca de Campo Grande (mas moro nos EUA – NJ desde Setembro de 2019) e tenho 35 anos. Vim a passeio em Maio de 2018, passeei em NYC por 11 dias.
Em Agosto de 2017, fiz uma Eurotrip (também sozinha) e já no vôo de volta ao Rio de Janeiro, eu estava pensando no destino das minhas próximas férias. NYC era um sonho distante por causa do visto, que na minha cabeça era caro e seria negado de cara. Mas meses depois eu me convenci de que deveria tentar o visto e assim fiz. Dezembro de 2017, visto aprovado!
Mas eu não sabia quando nem como eu iria, já que dinheiro eu não tinha (isso porque o dólar estava 3 e alguma coisa na época).
Alguns meses se passaram e eu fui notificada que eu entraria de férias em UMA SEMANA. Sim, a empresa que eu trabalhava não cumpria o comunicado de 30 dias antes e eu tive que me virar. Embora eu tenha o péssimo hábito de procrastinar, pra viagem eu sempre tô com as malas e a roupa de ir rs.
Sendo assim, durante o meu expediente eu comecei a pesquisar por pacotes baratos, até que eu achei um de 4 mil reais em 12x pela decolar.com, mas aí veio outro problema: eu pobrinha de marré desci obviamente não tinha um cartão com esse limite todo. Então eu consegui um cartão emprestado com a minha tia e comprei! Pronto! NYC aí vou eu pela primeira vez!!
A passagem era de American Airlines: RJ X Miami X Charlotte X La Guardia. Foi o que deu pra pagar, né? Pelo menos a volta foi num voo direto JFK X GIG. Eu ainda não tava acreditando que iria conhecer NYC!!!
Hospedagem:
A amiga que sabia da minha viagem me ligou perguntando se eu poderia trazer umas roupinhas de bebê que a irmã dela ia me entregar. Eu expliquei que como ficaria em hostel, não achava seguro ficar com nada de ninguém, pq o meu quarto era compartilhado (2 beliches) e eu não teria como me responsabilizar. Até que ela disse que eu poderia ficar na irmã dela, que mora em Jackson Heights. Eu óbvio, topei na hora, mas mantive uma noite no hostel, já que uma colega de DC que conheci pela Internet iria ficar lá pra nos conhecermos.
Chegou o dia da viagem! Aquela ansiedade misturada com alegria. Cheguei MUITO cedo no aeroporto, tipo umas 2 da tarde e o meu voo era só as 21:00! Desespero pra não perder o vôo!
Check-in feito, entro na área de embarque e ouço me chamarem no auto falante. Eu iludida achei que tinha sido sorteada pra ir de primeira classe, mas na verdade fui sorteada pra uma inspeção aleatória RIDÍCULA onde inspecionaram desde as minhas partes intimas até o meu cabelo (só pra constar: sou preta e meu cabelo é crespo). Passaram um lencinho nos meus pés e mãos… foi constrangedor. Isso se repetiu em todos os aeroportos que passei até sair no La Guardia. Estou relatando isso para que as pessoas entendam que isso acontece não apenas no Brasil e que gente babaca tem no mundo todo.
Passado isso, pisei em NYC! AAAAAAAAA que sonho! Aí vem a primeira barreira: como eu iria avisar que cheguei? Não consegui conectar o wifi do aeroporto, então fui com cara de gatinho do Shrek pedir o celular do tiozinho da limpeza que estava fumando. Peguei o celular, avisei e voilá! A título de curiosidade: Eu já falava inglês pois estudei uma boa parte da minha infância e adolescência e trabalhava como secretária bilíngue.
Eu precisava descobrir como sair do aeroporto, mas como??? O La Guardia estava em obras (acho que está há uns 84 anos pelo menos rs) e eu precisava pegar um ônibus do aeroporto até o ponto de taxi. Não quis pegar uber por causa do IOF. Com muito custo consegui. Quando o taxi foi chegando na casa da irmã da minha amiga, eu me senti num filme da sessão da tarde. Aquela tarde ensolarada, aquelas casinhas de tijolinho, os táxis, as placas de stop… tudo muito lindo pra mim. Bem, cheguei, deixei as malas, tomei um banho, abri o app Citymapper pra descobrir como chegar no hostel. Saí da casa da irmã da minha amiga, fiquei sem Internet ÓBVIO e fui na T-Mobile comprar um chip. Ele foi o meu companheirinho nessa viagem, do início ao fim.
Sozinha, peguei o ônibus (eu não sabia que precisava de metro card e o motorista deixou eu entrar sem pagar) e cheguei no Giorgio hotel (não existe mais). Eu ainda não acreditava que estava sozinha num ônibus, numa cidade que eu havia chegado há cerca de 2h apenas. O aplicativo não decepcionou e eu cheguei certinho. Encontrei a amiga de DC e fomos sair pra explorar a cidade, afinal ela teria menos de 24h aqui. Aí foi outra novela… pegar metrô. Os funcionários da MTA com uma cara de má vontade, não queriam explicar nem em qual plataforma era pra ir e nem como fazer pra comprar o bendito metro card. (Clique AQUI para ver mais sobre como utilizar o metrô em Nova York e AQUI para baixar meu guia de Nova York com a informação mais completa)! Mas consegui e seguimos com o nosso destino que obviamente era qual??? TIMES SQUARE!!!
Quando eu vi aquelas luzes eu falei UUUUAAAAAAUUUUU eu tô no coração do mundo! Aí eu quis ligar de video pra todo mundo, e toma-lhe fotos, videos… fiquei batendo papo na escada do TKTS com essa amiga lá até o inicio da madrugada quase. Eu parei numa farmácia pra comprar um café gelado me sentindo a turista ryckah! Claro que absolutamente tudo era novidade pra mim. No outro dia, eu e minha amiga passeamos mais um pouco e ela foi embora. Segui o meu plano de viagem sozinha. A irmã da minha amiga tem um filho pequeno, então ela não poderia me acompanhar, o que não seria problema, já que eu amo ( e inclusive prefiro) fazer as coisas sozinha. Então eu me tacava pra Manhattan, pro Brooklyn… pra tudo quanto era canto. E claro, me perdia na mesma proporção, porque faz parte. Inclusive eu conheci vários lugares legais graças a minha falta de senso de direção.
Não fiz roteiro, mas eu tinha em mente os lugares que eu queria conhecer, como Times Square (topo da lista) Dumbo, Central Park, 5th ave, Tiffany… Eu gosto de parar num café por exemplo, observar as pessoas, como elas gesticulam, falam, se portam, ouvir os sons, sentir os cheiros… pra mim essa é uma das melhores experiências de viagem, porque isso nenhuma foto ou vídeo transmite.
A volta foi uma novela. Eu estava com duas malas enormes, uma carry-on e uma mochila, repletos de chocolate e outras guloseimas. Eu sozinha peguei um taxi da casa da irmã da minha amiga até o trem em Jackson Heights, desci na Jamaica Station e lá peguei o Air train. Contei com a misericórdia das pessoas que estavam pelo caminho pra me ajudarem com as malas e deu certo.
Eu levei (se não me engano) US$600. Deu e sobrou! No último dia, eu ainda tinha 110 dólares e torrei tudo na CVS. Podia ter ido na Target, mas inexperiente que sou, não sabia. Ah, cheguei a ir ao Walmart também, em NJ.
Muito embora hoje em dia eu não goste, na época eu amei conhecer a Times e o Dumbo. Não conheci o memorial Sep 11, porque não é o tipo de turismo que me agrada e sinceramente, não me fez absolutamente nenhuma falta.
Uma dica valiosa que eu dou é: VIAJEM SOZINHOS! Só tem medo de viajar sozinho quem nunca viveu essa experiência. A única desvantagem é na hora das fotos (Mas aí tem a Martha pra isso rs) porque de resto, é sucesso.
Você dorme e acorda a hora que quer, faz só os programas que quer, se o programa for ruim, não vai ter ninguém resmungando no seu ouvido, você não vai precisar ceder pra agradar ninguém!
Uma coisa é ceder em real, outra coisa é em dólar, né gente?! E mais uma dica: sapatos e roupas confortáveis, gente. Em NYC a gente anda muito, sobe e desce escadas, corre dos ratos… então é melhor prevenir.
Uma última dica é: se possível, venham depois de completar 21 anos, pois isso pode ser um impeditivo pra conhecer os rooftops, por exemplo. Não fiquem apenas em Manhattan. NYC tem tantos outros lugares tão incríveis quanto.
Hoje em dia eu moro em NJ, numa cidade que fica há 20 minutos de trem de NYC, então sempre tô lá. A irmã da minha amiga virou uma amigona e o filhinho dela, o meu sobrinho de coração. Sempre nos vemos e é uma delícia.
Não moro com essa amiga, pq senão acaba a amizade kkkkkkkkkkkk”
Instagram da Gabi @iamgabicarvalho

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