Conhecendo Hiroshima, a cidade mais triste e surpreendente do Japão

Conhecendo Hiroshima, a cidade mais triste e surpreendente do Japão

Olá viajantes! Aqui é a Mariana novamente, do @sonhealtoviagens , e hoje vim contar um pouco para vocês do meu dia em Hiroshima, a cidade japonesa que mais me surpreendeu!

Uma das pontes que cortam o Tenma River

Muito antes de pensar em conhecer o Japão, Hiroshima já era um sonho. Como uma apaixonada por história que sou, sempre me intriguei com a tragédia que teve lugar nas cidades de Hiroshima e Nagasaki. Foi a primeira cidade que inclui no meu roteiro, e apesar da atmosfera triste, foi a que mais me surpreendeu.

O parque da Paz reúne todas as ruínas do antigo centro de Hiroshima, onde a bomba destruiu quase tudo, com exceção do Genbaku Domu, o prédio da prefeitura. 

 

Genbaku Domu

A The Bomb Cenotaph, chamas da paz, memorial das crianças Tsurus, Sino da Paz e o Childrens Peace Memorial são as principais partes do parque, que merece uma tarde inteira para ser visitado. Tem também um jardim com diversas rosas, o que me lembrou a famosa canção “A rosa de Hiroshima”, de Vinicius de Moraes:

Parque Memorial da Paz de Hiroshima com o Genbaku Domu ao fundo

 

Tudo nessa área da cidade incentiva a propagação da paz, desde o sino que pode ser tocado pelos turistas – que traz o símbolo atômico – até os Tsurus, origamis feitos por uma tradição para homenagear todas as crianças que morreram com a bomba. “Descansem em Paz. Nós nunca repetiremos o erro” é uma das frases mais impactantes do local.

Chama da paz

 

Children’s Peace Memorial

 

A parte mais impactante do passeio é sem dúvida a visita ao Museu da Bomba Atômica. A exposição tem imagens, maquetes, peças de roupas, tudo bem explicado e tocante. No fim podemos pegar uma cópia da declaração da paz e ver o origami que Obama deixou lá, primeiro presidente estadunidense em exercício do cargo a visitar a cidade desde agosto de 1945, data de lançamento da bomba. A entrada custa menos de 2 dólares. Para mais informações clique AQUI! 

Museu da Bomba Atômica

 

Uma das exposições do Museu da Bomba Atômica. Em vermelho a bomba, sob as proporções de Hiroshima

 

Carta e Tsurus do presidente Obama

 

Outra atração famosa da região é a ilha de Miyajima, que fica na baía de Hiroshima e só pode ser acessada de barco (incluso no JR Pass que comento no final desse post!). Cheguei na cidade e fui direto para lá conhecer o famoso Tori Flutuante, nesse que é um dos lugares mais sagrados do Japão. Lá está o templo Itsuku-shima Jinja, um dos mais lindos que conheci no país. 

Templo Itsuku-shima Jinja

 

PS: Vale ressaltar que o Tori do templo só fica flutuante durante a maré alta, então quando estiver programando a visita vale uma olhada no regime de marés do dia. 

Tori Flutuante, maré alta

 

PS: Não tive tempo de visitar o Castelo de Hiroshima (abaixo), pois como já tinha visitado o castelo de Himeji, ele não era uma das minhas prioridades. Quem tiver mais um tempinho acho que vale a pena a visita!

Hiroshima tem uma história extremamente triste, mas me surpreendeu com o seu “ressurgimento” como uma cidade super tecnológica, cosmopolita e cheia de paisagens lindas. Além disso, o povo lá é ainda mais educado do que no resto do Japão (se é que isso é possível!). Desde que cheguei senti que Hiroshima foi extremamente respeitosa com seu passado e comprometida com um futuro bem diferente. Uma cidade que, talvez, muitas gerações daqui, seja lembrada não como triste, mas como uma verdadeira proclamação a paz mundial.

Motoyasu River, com o Genbaku Domu a esquerda

 

Como chegar a Hiroshima: 

Com o JR Pass (um passe de viagens ilimitadas com a maioria dos transportes japoneses que deve ser adquirido antes da viagem e fora do Japão que a Martha explicou nesse post: https://nyandabout.com/2018/03/tudo-sobre-a-minha-viagem-para-o-japao-custos-roteiro-hospedagem-idioma-e-muito-mais.html) você pode chegar até a cidade pelo trem bala (Shinkansen) de diversas cidades, eu cheguei de Kyoto e depois parti para Tokyo, passando por cidades como Osaka e Nagoya. Na ida fiz uma parada em Himeji para conhecer o castelo, uma boa pedida!

Espero que tenham se surpreendido com Hiroshima, assim como eu, e tenham visto que apesar de sua triste história, ela tem muito a nos ensinar sobre recomeços!

Obrigada por lerem até aqui e … Boa Viagem!

Por Mariana Oliveira (@sonhealtoviagens)