Vida de Atriz: Conheça Juliana Suaide, Brasileira Que Está Brilhando em Nova York!
Juliana Suaide é mais uma de nossas lindas atrizes brasileiras que está se dando super bem em NY! A Ju mudou para NY em 2011 para estudar no Lee Strasberg Theatre and Film Institute e logo depois de se formar e receber ótimos incentivos de seus maravilhosos professores Geoffrey Horne e Hope Arthur, decidiu estender sua temporada aqui com o visto de trabalho. Logo que se formou, ela já foi chamada pela companhia de teatro The New Stage Theatre para fazer parte da montagem do espetáculo “Gardens of Delight”, que acabou concorrendo ao NYC IT AWARDS em 2012.
Começando com pé direito no palco — e também no cinema! (como ela costuma dizer aos risos) – sua primeira experiência em um grande set foi numa cena do filme Birdman, que venceu o Oscar em 2015. Depois desse início “estrelado”, milhares de novas conquistas surgiram e a Ju foi ficando por aqui.
“A vida de atriz não é fácil, ainda mais fora do seu país”, diz Juliana, “Mas com toda certeza é uma aventura muito gratificante também!” . Ju explica as dificuldades com coisas simples, como por exemplo, sotaque. No Brasil, ela é capaz de reproduzir sotaques com muito mais confiança! Por aqui, ela tem um coach particular para treinar sotaques. “No começo eu ficava super nervosa com meu sotaque e aparência, mas com o tempo aprendi que muito do que já é meu, na verdade, estará sempre a meu favor. Eu achava que eu não tinha um look muito definido e que isso podia ser um problema num casting — agora eu já sei que isso é muito bom pois posso ter múltiplas opções para audicionar”, diz Ju.
Em junho ela completou 5 anos de NY e está cada vez mais empolgada para o futuro. Desde que chegou na cidade, teve o prazer de trabalhar com profissionais incríveis, que só tem coisas lindas para dizer sobre ela. Entre eles estão os professores citados no começo da matéria e também: Roberta Wallach, Arbender Robinson, Ellen Lauren, Liz Stanton, entre outros. E a cada dia essa lista aumenta mais e mais e Juliana nem consegue acreditar em tudo que está acontecendo.
Em 2016 ela teve também o imenso prazer de trabalhar no seu primeiro longa-metragem (CACAYA), produzido pela Illium Pictures e dirigido pelo diretor brasileiro Peter Azen, o qual Ju trabalhou ano passado também num curta-metragem chamado “The Queue” que foi escolhido para passar no “Sessão Curtas Contemporâneo” do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Ano passado, Ju foi indicada para um treino aberto com a companhia Convergences Theatre Collective e, logo ao final do treino, foi convidada pelos diretores Jeremy Williams e WT McRae para fazer parte do workshop de uma das peças de teatro físico da companhia chamada Babel, com apresentações agendadas para Janeiro de 2016. Durante os treinos, Juliana tinha o papel de swing da companhia — A ÚNICA SWING DA COMPANHIA — e teve que aprender todos os 22 “personagens” da performance. Até hoje seu trabalho é altamente reconhecido por todos os membros da companhia e como os próprios diretores citaram recentemente numa reunião: “ Your work was invaluable to us” ( Seu trabalho foi incalculável para nós). A companhia seguiu treinando após as performances de Janeiro e alguns meses depois foi informada que Babel terá sua estréia Off-Broadway em Janeiro/Fevereiro 2017. “Não tenho nem como explicar a felicidade de ter uma estréia dessa com um grupo que amo tanto e numa peça que fala tanto, sem na verdade falar nada!!!”. A peça é baseada na história bíblica da Torre de Babel e é toda teatro físico, sem falas, mas com muita exploração cênica, dança e acrobacia. Tive também a oportunidade de fazer um perguntas e respostas rapidinho com a Ju:
Você se vê trabalhando no Brasil?
Sim. Eu não tenho idéia dos meus planos para o futuro, mas eu me vejo trabalhando no Brasil sim. Não sei se por uma temporada só, ou para sempre. Eu tenho muita vontade de fazer filme no Brasil. Eu acredito que nosso cinema pode ser muito bom! Nossa cultura e população é tão diferente daqui e do mundo, que vale muito a pena mostrar isso em filmes. Mas teatro eu tenho mais vontade de fazer aqui em NY mesmo.
Entre teatro e cinema, o que você escolhe?
Eu sempre fui mais apaixonada por teatro, minha vida toda foi no palco por causa do ballet. Eu me sinto em casa lá. Eu acho que não tem nada mais real do que a reação do público numa peça, isso é de tirar o fôlego. Você dar 100% de você e receber o que recebe do publico na hora, é algo sem preço. E quando você sai do teatro e recebe o amor deles, e escuta todas as histórias que fizeram com que eles se sentissem tão próximos ou afetados pela peça e sua personagem…nossa é muito bom.
Como é a vida de ator?
Difícil, haha. É audição atrás de audição, e com isso vem um não atrás de outro não…e daí finalmente o SIM! É estar cuidando da sua saúde física e mental constantemente. É não parar de fazer aulas. É saber que talvez amanhã eu não tenha emprego, e mesmo assim querer continuar.
Mas também é ver as pessoas aprendendo e sentindo a cada performance sua. É poder ter seus próprios momentos de terapia e descobertas em cena. É vivenciar muita coisa que você não teria a chance em outra carreira. É aprender todo dia uma coisa nova e se pôr nos pés dos outros todas as horas e começar a entender melhor o que te machuca e o que machuca o outro, e o que te faz ser feliz ou amar algo profundamente. É saber, entender e respeitar.
Para saber mais sobre Juliana Suaide e suas infinitas estréias, visite o site pessoal da atriz: julianasuaide.net